“Portugal está na moda e a terrinha está mesmo valendo a pena um passeio. Temos muitos amigos em Lisboa, brasileiros e lusitanos, e já não é a primeira vez que vamos com as crianças pra lá, Alix (7 anos ) e Sofia (5).
A cidade está bem mudada nesses últimos 2 anos, está mais movimentada, multicultural, sendo toda reformada e quase sempre com um tempo delicioso. Tivemos sorte e pegamos 12 dias de sol, com friozinho à noite apenas. Recomendo muito ir na primavera e no outono.
Uma novidade é que a cidade agora tem mais de uma opção de supermercado orgânico, o que é ótimo pra quem quer alugar apartamento por temporada, como fizemos, e não descuidar da alimentação dos pequenos.
Aliás, para comer mal em Portugal tem que se esforçar um pouquinho. Tem um restaurante, o Café do Chiado, que adoramos ir com as crianças porque ele está bem localizado, mas longe do tumulto e os garçons sempre chegam com um saco cheio de brinquedinhos para elas se entreterem. Um lugar de adultos, mas bom para crianças. Acho essa medida uma delícia, onde pais e filhos podem curtir.
Muita gente pensa duas vezes antes de levar crianças pequenas para Europa, mas a verdade é que Lisboa surpreende em se tratando de entretenimento para a criançada.
Pra mim, o melhor da cidade são as praças com brinquedos para os miúdos e quiosques para os pais. A melhor de todas, sem dúvida, é o Parque da Estrela, que tem um trepa trepa enorme que chega a encantar adultos, com um parquinho de areia ao lado, cheio de brinquedos. Também tem a Praça do Príncipe Real, que é mais central, além de inúmeras outras espalhadas pela cidade.
Os quiosques das pracinhas são supercharmosos e vendem desde vinho e chocolate quente até doces, sanduíches, saladas e alguns até servem refeições. Perfeito para pais e filhos.
Dessa vez, além de fazermos os programas basicões de criança por lá – Oceanário, Kidzania e Zoo -, fomos ao museu da eletricidade, que está integrado agora ao MAAT (museu de arte, arquitetura e tecnologia). Como na exposição principal do MAAT tinham obras não recomendadas para crianças, decidimos ir apenas no museu da eletricidade, um prédio antigo de tijolinhos, charmoso, onde funcionava uma fábrica, que contrasta com a moderna construção do MAAT.
Tivemos uma bela surpresa! A exposição é toda interativa e as crianças se divertiram descobrindo que o nosso corpo é cheio de energia, a ponto de acender lâmpadas, e que certos movimentos rápidos também podem produzir energia. Tem também um teste em inglês, espanhol e português para que elas aprendam brincando como não causar acidentes elétricos em casa e usar as tomadas de maneira segura. E isso tudo por apenas 5 euros o ingresso. Crianças até 10 anos não pagam.
Aliás, isso é outra coisa muito boa: em Lisboa, os preços são acessíveis. Para sair à noite para jantar, por exemplo, chamamos uma babá brasileira recomendada por amigos, uma estudante universitária, que cobrava o preço local – 5 euros a hora.
Como a TAP agora tem stop over em Lisboa, tem muita gente aproveitando isso para viajar pela Europa e passar apenas um dia ou dois em Lisboa. Nesse caso, acho que se estiver com crianças, o melhor programa é o Oceanário mesmo. O lugar é bem interessante, fica numa parte mais moderna da cidade, à beira do rio, com uma vista incrível.
Mas se seus filhos forem loucos por castelo, aí o melhor programa é ir até o Castelo de São Jorge, que fica no mega tradicional bairro da Graça, um charme com vários restaurantes pequenos aonde se come muuuuito bem por preços módicos. As crianças adoram, porque parecem estar num conto de fadas. O castelo é uma das construções mais antigas da cidade, com 8 séculos de história.
Pra quem tem um pouco mais de tempo, Sintra, que fica a meia hora de Lisboa, tem vários Castelos e palácios. Levamos as meninas lá quando eram menores, mas confesso que foi muito cansativo pra elas e andar de carrinho por lá não dá muito jeito, por causa das ladeiras, paralelepípedos, escadas e ruas estreitas. Elas curtiram mil vezes mais o Castelo de São Jorge.
Realmente Lisboa pode ser uma opção delicia de viagem para os filhos e os pais”.
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