Depois do episódio mais triste na vida da jornalista Renata Capucci, em 2004, o quarto feito sob medida para receber Bernardo permaneceu fechado e intacto por longos meses. Até que veio a feliz notícia de uma nova gravidez. Lily chegou em outubro de 2005 e a decisão estava tomada: pouco seria mexido na decoração – apenas algumas adaptações de cores para deixar o espaço com a cara da menininha. Não para por aí: antes de Diana dar o ar da graça (e que graça!) há dois anos, Renata reviveu o pesadelo com outras duas gestações interrompidas (uma delas já avançada).

Dentro do quarto, ela respira fundo e diz que as dores agora estão guardadas numa caixinha do passado. E conta como foi pensar o ambiente de 11m2 para ser dividido pelas duas:

– Lily tinha uma camona que ocupava muito lugar, com uma estrutura de madeira coberta por uma cortina, com portinha e tudo. Com a chegada da Diana, tivemos que tirá-la e Alessandra Amaral (decoradora) e Bianca Assuf (arquiteta) desenharam outra marcenaria para otimizar o espaço. A cama é alta e, com isso, conseguimos ter várias gavetas e um colchão dobrado embaixo dela – explica.

A cor predominante por lá é o tiffany, que, junto com o lambri, dá um toque provençal. Na decoração, um monte de referências e lembranças da família. O quadro da maternidade de Diana (a letra de “Isn’t she lovely”) foi feito pela irmã e hoje enfeita a parede. Outro foi comprado em Jerusalém, durante a lua de mel de Renata e Ivo Sternick, cirurgião plástico (“Comprei e pensei: ‘um dia vou ter uma menininha assim'”, conta ela). Uma das almofadas (com o nome “Lily” bordado) foi feita pela bisavó das crianças, enquanto outra, com estampa de Big Ben e bule de chá, revela o destino preferido nas férias.

– A gente ama Londres. Quando a Diana nasceu, passamos dois meses lá, na minha licença maternidade. Trouxemos a almofada, a Rainha Elizabeth em cima da bancada… – mostra jornalista.

A adoração por cavalos fica clara no canto das bolsas com esse motivo e as medalhas. Já o banquinho amarelo de madeira, a gaiola forrada e os tecidos do berço levam assinatura de Maisa Figueira de Mello.

Na parede de frente para o berço, a bancada serve como mesa de estudos e trocador. A cadeira, comprada na Lapa, foi pintada por Renata para ser usada em seu casamento, naquela tradicional levantada dos noivos em cadeiras da cerimônia judaica. O que não falta nesse quarto é história pra contar!