“Conhecemos o Patacho por acaso. Estava planejando passar férias, com a família, no litoral de Alagoas, quando fomos convidados para uma festa de aniversário de uma amiga da Sofia, minha filha, numa casa na praia do Patacho. Aproveitando a coincidência, começamos a pesquisar opções na internet e descobrimos essa casa incrível, construída pelo inglês Michael Clifford e projetada pelo escritório Z de Recife. A decoração é de Erika de Carvalho, esposa de Cliff e com escritórios no Rio e em Londres.

Patacho é uma praia com paisagem singular. De um lado tem um coqueiral e, em frente, um mar azul turquesa que, na maré baixa, se enche de piscinas naturais que se estendem por quase 1km até os arrecifes. Ou seja, a paisagem muda completamente conforme a hora do dia. E as crianças simplesmente se esbaldam no mar morno e calmo da região, lotado de peixinhos coloridos, visíveis praticamente a olho nu. Mais de uma vez alugamos um barquinho pra irmos às piscinas mais distantes. Programão.

A rotina ali começava cedo, com um café da manha preparado com iguarias títpicas do nordeste (tapioca a valer!), servido por empregados que podem ser contratados com o aluguel. A gente fechou o pacote completo e valeu muito a pena. O terreno conta com um amplo jardim gramado entre a casa e o coqueiral, perfeito para os pequenos correrem e se sentirem completamente à vontade. Por sinal, todo o projeto tem como conceito a simplicidade rústica, com vários objetos garimpados entre o artesanato típico da região. Esa é, sem dúvida, uma típica casa de praia contemporânea: confortável, relaxante, mas cheia de estilo.Há ventilação constante em todos os ambientes e farta luz natural. O lugar mais usado pela família era a varanda, nossa sala de estar informal. Os três quartos ficam divididos em dois blocos, nas laterais, dando mais privacidade.  

E tiveram detalhes que fazem a festa dos arquitetos que gostam de observar de tudo.. Como é o meu caso e da Raquel. Adoramos as portas divididas em duas partes, que se abrem por completo e também funcionam como janelas. As ligações para os dois blocos laterais têm o piso forrado por pedras brancas polidas e paredes de cobogó que permitem a ventilação e iluminação cruzadas. E pra garantir o conforto, sem perder o astral típico do nordeste brasileiro, cada quarto conta com uma pequena varanda independente, sombreada por um pergolado de ripas de pau roliço. E rede… Um verdadeiro paraíso”.

André Nazareth