Quando viu qual seria o seu quarto, no novo apartamento, Gabriel pediu à mãe, a arquiteta Leila Bittencourt, da Oba!, que dessa vez tivesse a chance de escolher o estilo, as cores e os móveis do ambiente. Especialista em criar projetos para o público jovem, ela concordou e acatou o desejo do rapaz:

_ Nessa idade, são eles que mandam. Eu só obedeço, oriento, dou uns palpites e faço a produção executiva _ brinca ela.

A sorte é que Gabriel, acostumado a conviver com os projetos de Leila – que também apresenta o programa de decoração Olho Mágico, no GNT – tem o maior bom gosto. E foi logo propondo tingir as paredes de cinza e fazer a marcenaria (simples e básica) em amarelo. A pegada é industrial, com gaveteiros tipo “case” embaixo da bancada, cadeira skate (Zanini de Zanine para Oba!) e três futons listrados no piso desenhando a cama (Biofuton para Oba!).

_ Como o apartamento é alugado, tentei fazer o mínimo de investimento no ambiente, mas sem deixar de imprimir um estilo bacana. De um lado coloquei o painel amarelo, que funciona como revisteiro e apoia livros. Essa prancha contínua, que sobe até 1,20m como um lambri, acompanha a lateral da cama, montada apenas com futons. Quando os amigos vêm, cada um dorme em um e fica bem confortável. Do outro lado, uma placa revestida de chapa metálica expõe pés de pato, as pranchas de diferentes tipos, o triciclo, mapa, desenhos e até nichos de acrílico com os carrinhos e legos que ele não se desfaz. Tudo fica aparente e funciona bem na decoração. São memórias de várias fases do Gabriel – diz ela.

Para fechar o ambiente para o corredor (onde fica a TV e quadros de aquarela, azuis, de  Gabriel Oliveira, vendidos na Oba!), Leila optou por uma porta larga dupla forrada com fórmica branca brilhante, que funciona como lousa e pode ser escrita com pilot (basta usar um pano úmido para limpar). Painel sob medida para ele escrever recados, desenhar e soltar a imaginação…

_ O adesivo da fênix foi escolha dele, fez questão de deixar sua marca ali. E ainda colocamos o tecido preso com um gancho ao teto, para ele fazer malabarismos. É um quarto para ser usado, com a cara e o jeito dele. Outro toque bacana foi a bancada: um pranchão com dois módulos tipo case encaixados. Simples e funcional. Montei tudo em poucos dias e acho que ele se sente realmente o dono do pedaço – arremata ela.