Quando os pais de Nina, de 12 anos, se mudaram para o apartamento de cobertura no Jardim Botânico, já foram logo avisando para os filhos que ia ser complicado fazer, de cara, qualquer tipo de reforma mais radical – ainda mais em um imóvel alugado. A ideia era entrar e morar, só concluindo pequenas adaptações para receber a família com conforto. Nina, mais nova que o irmão, ficou com o quarto menor e, depois de um tempo, Veruska e Kiko (os pais) – incentivados por Dani Bastos e Guto Amorim, sócios da Grão arquitetura -, resolveram que valia a pena fazer um pequeno investimento para deixar o espaço mais convidativo e gostoso. Ainda mais com a mocinha passando longas horas no ambiente, por conta da pandemia.

_ Esperamos a Nina viajar por dois dias e resolvemos correr e fazer uma surpresa… Saímos uma manhã, enquanto o pintor tingia a parede do fundo de verde (“Capim de cheiro” da Suvinil), para garimpar uma cama nova, estantes e pequenos achados. Nina adora plantas e como a família já morou na África, antes dos filhos nascerem, tem muitos objetos étnicos espalhados pela casa. Sabíamos que ela curtia essa pegada mais natural e investimos nesse tom mais botânico, rústico _ conta Dani.

A primeira parada foi na Leroy Merlin, onde encontraram as estantes de pinus e arremataram duas, em diferentes alturas. A cama, beliche, veio da Tok Stok, onde compraram a mesa com cavaletes para colocar embaixo e a cadeira com rodízios. De resto, encontraram uma luminária pendente de palha na Hábito e o tapete artesanal da @iria_bordados_e_croche. O outro, em forma de onça, é da Urban Outfitters.

_ Juntamos peças simples e fáceis de montar, que podem se deslocar com a família em caso de mudança, ainda mais que esse apartamento é alugado. Mas tudo com uma pegada jovem, sem muito frufru. A Nina ficou encantada _ revela Guto.

Uma dica importante que Guto e Dani recomendam é investir em um enxoval charmoso, buscando almofadas que criem composições com diferentes estampas. No caso, Dani garimpou algumas na Zara Home e, outras, ela mesma produziu com tecidos que vai juntando no seu acervo. O armário original foi aproveitado e parte dele permanece aberto, com prateleiras, organizando a baguncinha de Nina em caixotes de plástico.

_ O toque diferente do quarto veio com as plantas. Compramos muitas porque ela adora cuidar e, assim, os vasos acabaram participando da decoração, trazendo um tom ainda mais verde e natural. E tem ainda as peças africanas, que são xodó da Nina. Um pouco antes da pandemia começar, a família toda tinha visitado a África _ acrescenta Dani.

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