O ponto de partida para o projeto do quarto de Olivia, recém-nascida, foi planejar cada detalhe de olho no reaproveitamento do mobiliário em outros espaços da casa. Para isso, a mãe da mocinha, a arquiteta Ana Luiza Neri, caprichou no desenho de cada peça, principalmente a cômoda e o armário, feitos com medidas padrão modulares que facilitam o encaixe em outros ambientes.

_ Acho complicado aquela situação de que, quando a criança cresce, os móveis perdem completamente a função. Um desperdício _ conta ela.

Outra questão essencial foi a escolha das cores: Ana não queria nada marcante, ou muito ligado a menina ou menino. Optou por tons básicos, neutros, como o cinza (papel da Branco Papel de Parede), com pontos cítricos em lugares estratégicos (amarelo e laranja).

_ O conceito foi ter um quarto sem gênero muito definido. Assim, se a família crescer, tudo fica mais fácil _ diz.

A posição estratégica da poltrona de amamentação (Costela, da Velha Bahia) – fácil também de ser reaproveitada em outro ponto da casa – possibilitou a colocação de prateleiras baixas ao lado, ao alcance de Olivia, perfeitas para quando ela começar a se movimentar. O berço é da Ameise e o cesto organizador de brinquedos, com estampa de leão, da Milk studio.

Para dar o “molho”, Ana foi garimpando objetos em diferentes lojas e lugares. Durante a gravidez, viajou muito e sempre trazia algo especial, de designers locais.

_ Acima de tudo, eu queria que o quarto fosse recheado de memórias, de boas lembranças. Tudo tem a nossa cara, cada detalhe _ arremata.