O apartamento de solteiro de Ricardo sofreu uma adaptação completa quando Camila, sua namorada paulista, resolveu se mudar para o Rio. O segundo quarto, compacto, virou um closet, com reforma da arquiteta e amiga Renata Bartolomeu. Logo veio o primeiro filho, Marco, e o espaço virou um ambiente montado para recebê-lo. Não demorou muito e chegou a Lorena. Aí, a obra teve que ser completa – e mais planejada.

– Eles me chamaram para fazer um quarto compartilhado, que não podia ter cores típicas de menino ou menina. Propus então os tons básicos, azul, verde, pitadas de vermelho e muita marcenaria para caber todo o arsenal que duas crianças precisam. No fim, sobrou até espaço para brincar! – diz Renata.

São várias as dicas da arquiteta para o aproveitamento de cada centímetro. Repare que os berços são alinhados e, com isso, as crianças se vêem, há total interação. No futuro, as grades saem e viram caminhas baixas. A faixa que sobrou, ao lado, encaixou um armário diferente: a abertura é feita com ferragens típicas de despensa, que se deslocam para fora, aproveitando a profundidade de 90 cm.

– A parte de baixo é azul, do Marco. E em cima, vermelho é a área da Lorena. Os gavetões sob os berços guardam roupa de cama, mantinhas… E, na estante em frente, tem livros e brinquedos. Ao lado, ficam a cômoda e o trocador – acrescenta.

E tem mais: cestos de vime organizam o que ainda não faz parte do dia a dia da dupla. Atrás da porta, um painel de fórmica serve para os desenhos e lembretes.

– Apesar das cores, o quarto é básico, porque o que predomina é o branco das paredes e do berço, além do piso de peroba (aqui com o tapete de borracha para os pequenos engatinharem). Os tons fortes entram sem tomar conta e a atmosfera fica arejada – arremata Renata.