O piso é de cimento, o mesmo da casa toda. As janelas são de madeira, típicas do apê térreo no Jardim Botânico. De resto, Carolina fez questão de desenhar a cômoda, o armário e uma estante, além de forrar uma das paredes (a mais úmida) com lambri tingido de branco. E nada mais.

– Gosto que o ambiente fique bem simples, neutro e não seja tão planejado. Um leve ar hippie e improvisado é essencial. Afinal de contas, é nesse tom relax que quero que ela cresça. Sem frescuras e cercada por arte, alegria e criatividade.

O berço de vime foi emprestado de uma vizinha e, com o tempo, a grade pode baixar para virar caminha (o mosquiteiro cria um clima dos mais românticos, não?). A colcha, indiana, e almofadas, italianas, já eram da sala e caíram como uma luva para alegrar o universo improvisado da mocinha.

– A ideia é que, no futuro, a bancada da estante vire uma pequena escrivaninha para ela brincar.

Mas o que torna o espaço de 10 m2 tão inspirador é a seleção de obras de arte e objetos garimpados pelo mundo afora.

– Adoro peças lúdicas e trouxe muita coisa de viagem. Já comprava para mim, mesmo antes de pensar em ter filho. E como meu marido é designer e temos muitos amigos artistas, acabamos ganhando muita coisa de presente. Tudo que tem cor e conversa com o universo dela acaba vindo para cá – conta a arquiteta.